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Registo de autoridade

Sociedade Harmonia Eborense

  • SHE
  • Pessoa coletiva
  • 1849 - presente

Esta associação que foi fundada no final da primeira metade do século XIX surgiu num período em que uma nova ordem social se afirmava no Portugal de oitocentos. A formação do espaço público e a emancipação da burguesia como grupo social alteraram as práticas sociais e os hábitos de sociabilidade dos europeus. Embora a cidade de Évora não fosse um centro urbano de grande dimensão, gerando-se uma condição de periferia que diminuía os ritmos da mudança, foram surgindo, na segunda metade do século XIX, várias associações ou Clubs que já anunciavam os tempos de autonomização da burguesia.
O tempo e a convivência foram modelando os contornos em que crescia a SHE. As actividades diversificaram-se, e à Música – que teve a primeira secção organizada na Sociedade – juntaram-se novas práticas e hábitos de convívio. O Teatro, os Jogos de cartas, o Bilhar e o Ciclismo fazem parte da história da Sociedade já desde o final do século XIX, tudo isto é testemunhado pelo espólio arquivístico – fotográfico e estritamente documental - que ainda hoje subsiste. Na viragem do século, a SHE era uma colectividade florescente e relevante na vida da cidade de Évora, afirmando-se como o espaço de sociabilidade preferencial de uma elite cultural que provinha da pequena e média burguesias urbana.
A Sociedade foi durante muito tempo um espaço predominantemente masculino, onde se liam jornais e revistas tanto portugueses como estrangeiros – espanhóis e franceses - onde se discutia o curso da vida política do País e das guerras, onde provavelmente se digladiavam facções nos tempos conturbados da Primeira República. Não se pode dizer que a Sociedade tenha assumido posições de conjunto em relação aos regimes políticos que vigoraram ao longo dos primeiros 125 anos de existência, contudo não é difícil admitir que a SHE assumiu passivamente uma posição colaborante com os três regimes políticos existentes durante esse período de existência.
Durante o Estado Novo, sob um controlo eficaz por parte do Estado, as associações e colectividades viam a sua actividade fiscalizada. A dinâmica cultural decresceu e a componente puramente recreativa assumiu importância quase exclusiva, eram agora os bailes, as quermesses, as homenagens, os jogos de bilhar e de cartas a preencher o tempo dos associados e das suas famílias. Era pois, um reflexo natural das práticas políticas e culturais das décadas de 40, 50 e 60.
Os anos posteriores ao Período Revolucionário e à consolidação da Democracia Parlamentar foram difíceis para a SHE. As propostas de associação decaíram e a actividade tornou-se rotineira e exclusivista, resultante, talvez, de um longo período de engajamento com as propostas recreativas de uma administração muito conservadora. Porém, na última década a Sociedade recuperou importância na vida da Cidade e a sua sede voltou a ser um espaço privilegiado de convívio. Reabilitando a localização da sede que ocupa desde 1902 e revitalizando a sua agenda, a SHE deixou de ser um espaço de convivência exclusivamente masculino, assistindo-se a uma crescente confluência de gerações no espaço da Associação.
(fonte: http://soc-harmonia.blogspot.com/2009/02/pequenos-passos-de-uma-historia.html)

Grupo Pró-Évora

  • GPE
  • Pessoa coletiva
  • 1919 - presente

Fundado em 16 de Novembro de 1919, o Grupo Pró-Évora, Associação de Defesa do Património da cidade de Évora, é considerado um dos grupos de defesa do Património mais antigos do país. Representante da cidade no Concelho de Arte e Arqueologia dos Monumentos Nacionais desde 1920, a sua actividade foi decisiva na preservação do Património Eborense, tendo contribuído para a classificação de vários imóveis como Monumento Nacional. Foi graças ao Grupo Pró-Évora que se impediu a venda em hasta pública e consequente destruição das muralhas da cidade, promovendo a sua conservação e classificando-as como Monumento Nacional (1921), que se promoveu o desaterro e limpeza do claustro da Sé de Évora, que se classificaram vários imóveis de interesse histórico e se publicaram roteiros turísticos, livros, postais e artigos na imprensa sobre Évora.
Está representado na Comissão Municipal de Arte Arqueologia e Defesa do Património, na Rede de Centros Culturais Portugueses, é membro fundador do Centro UNESCO de Évora e foi agraciado pela Câmara Municipal de Évora com a Medalha de Ouro da cidade no dia 29 de Junho de 1999.

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