Gonçalves, José Pires

Zona de identificação

Tipo de entidade

Pessoa singular

Forma autorizada do nome

Gonçalves, José Pires

Forma(s) paralela(s) de nome

    Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

      Outra(s) forma(s) de nome

      • Gonçalves, J. Pires

      identificadores para entidades coletivas

      Área de descrição

      Datas de existência

      1908-1984

      Histórico

      «José Pires Gonçalves nasceu a 1 de Novembro de 1908 em Torre de Coelheiros. Era filho de José Pires Ramalho e de Maria Valadas Pires. Depois de concluir os estudos liceais na cidade de Évora, entrou na Faculdade Medicina de Lisboa. Concluído o curso, trabalhou em vários hospitais civis de Lisboa até que, em 1938, se estabeleceu em Reguengos de Monsaraz como médico de clínica geral. Tinha um profundo conhecimento das doenças infecciosas e praticava amiúde pequenas cirurgias de urgência, nomeadamente nos traumatizados de acidentes agrícolas, algo comum no concelho. Outra área em que se especializou, por necessidades da população que servia, foi a obstetrícia.
      O interesse pela história local manifestou-se enquanto estudante em Lisboa, tendo, por diversas vezes, frequentado a Torre do Tombo, onde era director o seu grande amigo João Martins da Silva Marques (ilustre paleógrafo português). Aqui, conseguiu um leque alargado de importantes documentos históricos que lhe foram preciosos ao longo da sua carreira de investigador da história de Monsaraz e que hoje fazem parte do seu riquíssimo arquivo pessoal. Em 1962 publica a sua obra maior: “Monsaraz e o seu termo”, ainda hoje uma obra de referência para a nossa história local.
      Para além da história, José Pires Gonçalves abraçou outro desafio “bíblico”: a arqueologia. O contacto permanente com o casal Leisner e, mais tarde, com Afonso do Paço, terá influenciado o seu interesse pela arqueologia local. Graças ao seu trabalho minucioso e persistente, conhecemos hoje um rico património megalítico que povoa todo o concelho de Monsaraz. As suas publicações nesta área são também hoje uma referência imprescindível para o nosso conhecimento da pré-história desta região.
      A sua paixão pela história de Monsaraz e pelo rico património arqueológico levou-o, em 1972, a fundar o Grupo de Amigos de Monsaraz, juntamente com Guilherme Gião, Raul Miguel Rosado Fernandes, Mário Perdigão Garcia da Costa, António Bustorff Silva, entre muitas outras personalidades e figuras ímpares do concelho. Pertenceu ainda à Academia Portuguesa de História (como sócio correspondente), ao Instituto Português de Etnografia e ainda ao Centro Camuno de Estudos Pré-Históricos de Itália. Marcava presença assídua nas páginas do jornal A Palavra, onde publicava inúmeros trabalhos sobre a história e a arqueologia do concelho. Não é por acaso que Túlio Espanca se referia a ele como o “Cronista de Monsaraz”.
      Faleceu em Reguengos de Monsaraz no dia 4 de Fevereiro de 1984».

      Locais

      Évora; Monsaraz; Reguengos de Monsaraz.

      Estado Legal

      Funções, ocupações e atividades

      Mandatos/fontes de autoridade

      Estruturas internas/genealogia

      Contexto geral

      Área de relacionamentos

      Área de pontos de acesso

      Pontos de acesso - Assuntos

      Pontos de acesso - Locais

      Ocupações

      Zona do controlo

      Identificador de autoridade arquivística de documentos

      Identificador da instituição

      CME/ND

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Preliminar

      Nível de detalhe

      Mínimo

      Datas de criação, revisão ou eliminação

      Criação: 23/03/2022.

      Línguas e escritas

      • português

      Script(s)

        Fontes

        Reguengos de Monsaraz. Câmara Municipal. Arquivo Municipal – AtoM: José Pires Gonçalves [Em Linha]. [Consult. 23 mar. 2022]. Disponível em http://arquivocmrm.cm-reguengos-monsaraz.pt/index.php/jose-pires-goncalves.

        Notas de manutenção