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Registo de autoridade

Pina, Henrique Leonor

  • Pessoa singular
  • 1930-2018

Henrique Leonor Pina nasceu em Almeirim, em 1 de fevereiro de 1930, filho de Álvaro Júlio Pina e de Maria Leonor.
Passou parte da infância na sua terra natal, onde fez a escola primária, entre 1936 e 1940. Quando terminou a sua instrução primária, os pais buscaram outras terras, com melhores horizontes, no caso Montemor-o-Novo e, mais tarde, Évora, onde o mesmo continuou a escola secundária, até 1947, mais concretamente no Liceu Nacional André de Gouveia. Terminado o liceu, Leonor Pina fez o Magistério Primário, em Évora, entre 1948 e 1950.
Em 1952, casou com a eborense e colega Rosália da Conceição Moura, em Évora e tiveram uma filha, Maria João de Moura Pina.
Com pouco mais de 20 anos de idade regressou a Almeirim como professor do ensino primário, em exercício de 1950 até 1963 e com licença ilimitada até 1981, o que não invalidou a sua vontade de prosseguir os estudos no ensino universitário que concretizou como trabalhador estudante, licenciando-se em Histórico-Filosóficas pela Universidade Clássica de Lisboa, onde defendeu tese em Psicopedagogia, em 1960.
Foi professor do ensino técnico, entre 1960 e 1963 e sócio fundador da Sociedade Portuguesa de Psicologia. Em 1963 deixou o seu lugar de professor para passar a desempenhar um lugar de psicotécnico numa empresa privada.
Foi também arqueólogo, entre 1959 e 1970, estudando a cultura megalítica em Portugal, sobretudo na região Alentejo (distrito de Évora). Na verdade, foi Henrique Leonor Pina que, nos meados dos anos 60 do séc. XX, descobriu, estudou e levou a cabo as escavações arqueológicas realizadas na Anta Grande do Zambujeiro, um dos maiores monumentos funerários da Península Ibérica, classificada monumento nacional em 2015; estudou, identificou e notificou o conjunto megalítico dos Almendres, considerado o maior conjunto de menires da Península Ibérica e classificado monumento nacional, em 2015; identificou o Cromeleque da Portela de Mogos, classificado Imóvel de Interesse Público, em 1997, entre outros.
Estes trabalhos arqueológicos foram realizados com a colaboração da sua esposa, Rosália da Conceição Moura, nomeadamente o trabalho de campo (escavações e pesquisas), na Herdade do Álamo e fazia as campanhas arqueológicas por conta própria com o suporte da Junta Distrital, que assumia o pagamento das jornas de homens e mulheres que integraram o seu grupo de trabalho.
Foi também bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço de Belas Artes. A atribuição desta bolsa iria permitir levar a cabo o estudo de alguns aspetos da cultura dolménica alentejana, especialmente no distrito de Évora, começando pelos monumentos dos arredores da cidade eborense e do concelho de Reguengos de Monsaraz.
A partir da década de 70 não fez mais trabalhos de campo. A escavação arqueológica da Anta Grande do Zambujeiro foi o seu último trabalho no terreno, mas não se desligou, nem tão pouco se esqueceu da arqueologia, pois levou a cabo visitas de estudo aos megálitos de Évora, fez comunicações em congressos, encontros, etc., e entregou o espólio proveniente da Anta Grande do Zambujeiro (Valverde), o qual foi depositado no Museu de Évora.
Em 1981, voltou a lecionar, no ensino secundário e fez a profissionalização em exercício de funções, entre 1982 e 1984. Desde 1988, e provavelmente até à sua aposentação, lecionou a disciplina História, na escola Secundária Machado de Castro em Lisboa, onde coordenou o projeto Minerva.
Aos 75 anos de idade escreveu Os Papéis de S. Roque, obra editada em 2005, e aos 84 anos surpreendeu com a sua faceta de artista plástico, quando apresentou uma exposição de pintura, intitulada Nunca é tarde, em 2014, na Galeria Municipal de Almeirim.
Henrique Leonor Pina faleceu em Santarém, a 20 de maio de 2018, aos 88 anos de idade.

Associação dos Arqueólogos Portugueses

  • Pessoa coletiva
  • 1863-

A Associação dos Arqueólogos Portugueses é a mais antiga associação de defesa do património em Portugal e tutela o Museu Arqueológico do Carmo, o primeiro museu de Arte e Arqueologia do país. Foi fundada em 1863, com o nome de Associação dos Architectos Civis Portugueses, por Joaquim Possidónio Narciso da Silva, a cujos destinos presidiu até 1896, com mais sete arquitetos. Começou por ser uma associação de carácter profissional, mas depressa admitiu no seu seio os Arqueólogos, passando a intitular-se Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos Portugueses. Em 1911, após a saída dos arquitetos, que em 1902 haviam fundado a Sociedade dos Arquitectos Portugueses, e a implantação da República, adotou a sua atual designação, segundo a AAP (2019).
A Associação dos Arqueólogos Portugueses foi o ponto de encontro dos mais ilustres arqueólogos do país. Ao fundador sucedeu, como presidente, em 1896 o Conde de S. Januário, Par do Reino, Governador da Índia, Macau e Timor, e Ministro Plenipotenciário na China, Japão e Reino de Sião (actual Tailândia). Carlos Ribeiro, Estácio da Veiga, Martins Sarmento, Gabriel Pereira, Leite de Vasconcelos, Alexandre Herculano ou Júlio de Castilho são nomes que marcaram o primeiro meio século de vida da associação, que gozou de imenso prestígio entre o final da Monarquia Constitucional e o Estado Novo. Na década de 60, sob a presidência de Fernando de Almeida, assistiu-se a uma revitalização da vida associativa, abrindo-se as suas portas às novas gerações de arqueólogos e celebrando-se uma série de Jornadas Arqueológicas, linha de atuação mantida pelo seu sucessor, Eduardo da Cunha Serrão, segundo a AAP (2019).

Fundação da Casa de Bragança

  • Pessoa coletiva

Por vontade d’El-Rei D. Manuel II, expressa no seu testamento de 20 de Setembro de 1915, foi criada a Fundação da Casa de Bragança em 1933, um ano após a sua morte ocorrida a 2 de Julho de 1932.
O último Rei de Portugal quis preservar intactas as suas coleções e todo o património da Casa de Bragança, pelo que deixou ainda outros elementos para precisar o seu intuito inicial e legar todos os bens sob a forma do Museu da Casa de Bragança, “à minha Pátria bem amada”.

Cronologia:
1915 – Testamento de D. Manuel II, com data de 20 de Setembro.
1931 - Decreto com força de Lei n.º 20158, de 29 de Julho, estabelecendo os bens da Casa de Bragança como propriedade privada do senhor D. Manuel II.
1932 – Morte súbita em Londres de D. Manuel II, em consequência de um edema sufocante da glote.
1933 – Decreto-Lei nº 23240, de 21 de Novembro, institui a Fundação da Casa de Bragança com os bens da Casa de Bragança.
• 1934 – Protesto do pretendente miguelista Duarte Nuno contra o Decreto-Lei n.º 23 240, de 21 de Novembro de 1933, no qual Salazar resolveu, arbitrariamente, dispor dos bens da Casa de Bragança, instituindo a Fundação da Casa de Bragança.
1944 - Decreto-Lei N.º 33726, de 21 de Junho, autorizando a Fundação a contrair um empréstimo garantido pelo Estado destinado à compra do usufruto das herdeiras de D. Manuel II (mãe e esposa, rainhas D. Amélia e D. Augusta Vitória), à realização de obras de grande reparação no Paço Ducal e às despesas de instalação do Museu - Biblioteca. Este diploma também introduziu alterações substanciais à orgânica da Fundação.
• 1952 - Decreto-Lei n.º 38848, de 4 de Agosto, segundo o qual, mediante decisão unânime fundamentada da Junta da Casa de Bragança, poderia esta praticar «quaisquer actos que se compreendam na função histórica da Fundação da Casa de Bragança».
• 1974 - De 23 para 24 de Setembro, declarou-se um incêndio no Palácio da Ajuda que, segundo relatou a imprensa, teria destruído a quase totalidade das obras de arte ali existentes, incluindo um número aproximado de 500 quadros. Um desses quadros, com autoria atribuída a Rembrandt (auto-retrato), terá sido negociado em Paris, no Palácio Galiera, em fins de Novembro de 1974, e um outro, da autoria de um famoso pintor italiano do século XIX, representando militares a cavalo, terá sido negociado pela Casa Christie's, de Londres, nos princípios de 1975.
1976 – Na Sala das Sessões da Assembleia Constituinte, em 4 de Março de 1976, o Deputado do MDP/CDE, Levy Baptista, levanta o problema das obras de arte da Ajuda e das fundações criadas com os bens da Casa de Bragança.
1982 - É galardoada com o grau de Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique a 6 de Julho;[7] Despacho do Primeiro Ministro, Francisco Pinto Balsemão, de 12 de Julho, publicado no Diário da República, II Série, de 22 do mesmo mês e ano ao abrigo dos artigos 2.0 e 3.0 do DL n.º 460/77, de 7 de Novembro, atribuindo à Fundação a qualificação de "pessoa colectiva de utilidade pública".

Pina, Maria João de Moura

  • Pessoa singular
  • 1953-2015

Filha de Henrique Leonor Pina e de Rosália da Conceição Moura.

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